O Paço dos Cunhas fica situado na encantadora e aristocrática vila de Santar, em plena Região Vitivinícola do Dão. Demarcada em 1908, e conhecida como a Borgonha Portuguesa, é também considerada a região de vinhos não licorosos mais antiga do país.

Santar conserva até hoje as suas raízes ancestrais, bem visíveis nas ruas de casario granítico e no conjunto urbano de traça senhorial. Possui construções de elevada qualidade arquitetónica e paisagística, envolvidas por grandes áreas de quintas e jardins. 

O Paço dos Cunhas foi edificado em 1609, por iniciativa de D. Pedro da Cunha. Do edifício seiscentista, perdura uma construção em L, onde se situam o restaurante e a loja de vinhos. Esteve sempre ligado à produção agrícola e vitícola, o que faz dele uma das mais antigas propriedades agrícolas e vitivinícolas da região.

É conhecido como a pérola do enoturismo no Dão e não faltam razões para isso. A visita turística é muito completa e enriquecedora. Com o devido enquadramento histórico e vínico, o guia do Paço dos Cunhas conduz os visitantes por uma viagem no tempo e nos sentidos. 

Visitam as vinhas do Contador, situadas dentro do Paço, e as vizinhas vinhas da Casa de Santar, outra marca premium do produtor - Global Wines. Após a visita às históricas adegas da Casa de Santar, sala do alambique e antiga garrafeira, é realizada uma prova de vinhos numa sala emblemática do Paço.

A visita poderá ser complementada por uma experiência gastronómica no restaurante da propriedade. Henrique Ferreira, o Chef do também denominado Paço dos Cunhas, pratica uma cozinha de autor focada na ementa tradicional portuguesa e nos produtos da região. 

As criações de Henrique Ferreira levam o Dão à mesa, mas também as pequenas hortas, os produtores selecionados e uma vontade enorme de mostrar a qualidade do que é endógeno. A melhor maneira de conhecer tudo isto, será optar por um dos menus de degustação existentes, que prestam homenagem ao local e à riqueza da sua história. 

Provei recentemente os novos lançamentos deste produtor, num evento marcado pela qualidade e diferenciação. Quando se pensa que já não existirá jantar vínico capaz de nos surpreender, eis que a surpresa surge. Um naipe de vinhos absolutamente avassalador! 

A enologia de Osvaldo Amado e sua equipa, em conjunto com a visão estratégica definida para as marcas, contribuíram para a excelência deste lançamento.

Casa de Santar Rosé 2020

Produzido exclusivamente a partir da casta Touriga Nacional, este rosé, fruto de vários ensaios e com inspiração na Provence, é de uma finesse absoluta.
Um perfil aromático, mas sem excessos, com fruta vermelha em destaque. Toques florais, discretamente perfumados, completam um nariz muito sedutor. Seco e com uma acidez perfeita, este rosé foi lançado no inverno, com o propósito de desmistificar a ideia de que rosés são vinhos de verão. Uma iniciativa louvável.

Casa de Santar Curtimenta Branco 2019

De cor amarela palha, este branco de curtimenta será tudo menos um déjà vu. Osvaldo Amado quis fugir de aspetos turvos e cores alaranjadas. Fermentou em contacto com películas e engaço e estagiou 12 meses em barrica. Límpido e translúcido, mostra-se algo contido no aroma, mas sem ser austero. Um nariz sem excessos aromáticos, bem ao meu gosto. Na boca é seco, tenso e com uma acidez perfeita. Notas cítricas, frutos secos e pedra molhada, descrevem o seu paladar. Frescura e mineralidade estão presentes ao longo de toda a prova. Um branco muito sério e cheio de nervo, que dá boas garantias de evoluir muito bem. 

Casa de Santar Oito Parcelas Tinto 2012

Talvez a maior surpresa da noite, na medida em que todos esperávamos pela qualidade dos Vinha do Contador e ninguém imaginava que iria surgir um vinho destes. Trata-se de um full blend proveniente de 8 parcelas distintas e de 6 castas diferentes. De um leque de 100 barricas, apenas 30 foram selecionadas para o blend final. Extremamente complexo, com notas de fruta preta em bom plano, complementadas com especiarias e aromas terciários. Um vinho em várias camadas, com uma classe enorme, a provar a grande elasticidade do Dão na produção de vinhos longevos de categoria superior.

Vinha do Contador Grande Júri Nobre Branco 2015

Integra a muito diminua lista de vinhos Dão Nobre e bem o merece. É um vinho absolutamente colossal! Um dos melhores brancos que alguma vez provei. Um vinho português que nada fica a dever aos grandes brancos do mundo. Dito isto, já pouco mais haverá a escrever sobre este vinho. Predominam as notas de fruta de polpa branca, com toques de pimenta a condimentar. A sua frescura e acidez são tão vibrantes, que mesmo com a temperatura já muito alta no copo (cerca de 18º), o vinho continuava extremamente vivo. Com uma untuosidade envolvente, é muito longo e complexo. Um vinho que proporciona uma prova inesquecível e nos convida à introspeção. 

Vinha do Contador Grande Júri Tinto 2013

Um tinto que é um hino à elegância e à harmonia. Por ser tão harmonioso, não foi o eleito de alguns provadores presentes, adeptos de características menos consensuais nos vinhos que provam. Eu acho que o esforço continuo pela proximidade à perfeição, deve ser sempre premiado. Este tinto é a expressão máxima do requinte dos grandes vinhos da região. Equilíbrio, complexidade e longevidade são três características que este vinho garante. A pureza da fruta, a mineralidade dos solos graníticos, o ligeiro fumado proveniente do longo e suave estágio, tudo é muito cuidado neste vinho. Volumoso, preciso e profundo, este Vinha do Contador Tinto 2013 é, indubitavelmente, um ícone do Dão!

Os vinhos provenientes do terroir Santar, Vinha do Contador e Casa de Santar, podem ser adquiridos na loja do Paço, assim como outras marcas do produtor. 

A WINEnROUTE convida-o a visitar a maravilhosa região do Dão, e particularmente o Paço dos Cunhas de Santar, oferecendo-lhe programas exclusivos, que combinam cultura, gastronomia e vinhos de eleição, com uma estadia em locais de grande prestígio e qualidade.

Olga Cardoso 

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